Entre Dois Riffs

Cada gota de chuva que umedece a vinha
Traz com ela a microvida embutida
Mesmo assolada pela erva-daninha
Resplandece sua púrpura uva vívida

Atrás do túmulo mais longínquo viu-se uma rosa amarela
Com o perfume do doce espumante ainda exalando
Ante à presença da sentinela
Sentimos a força nos revigorando

Na energia entre dois riffs me encontro sob o neon
Permeado pelo acridoce sentimento e embebido em picância
Ora soslaiando para o armagedom
Ora reverenciando a gênese da infância.


André Floyd - 15/03/2012

Quiçá

No limiar da linha limítrofe
Onde os Bordelines fazem pequenique
Uns pra cá, outros pra lá do apóstrofe
Em busca do ponto que os dignifiquem

Outro tempo, quando proferiam os romancistas
As pétalas adentravam corações
Quiçá eram eles visionários pessimistas
Inalando a frieza vindoura nas defecções

Queiramos a nuvem como assoalho
A fim de que ao chover
Sejamos nós a cairmos como orvalho
E uma nova geração prover.


André Floyd (07/03/2012)