Perto do cais o caos ficou para trás
No zarpar a esperança se alavancou
Marejando todas as lástimas
Que no recôndito da oração se suplicou
Celebrar o pão vitimado pelo ar
Desancorar toda a paixão
Bater no peito e a Netuno desafiar
Lembrar o velho e seu fatídico sermão
Entre um x de intempéries prosseguir
Quase afogando, à deriva, e se perpetuando
Vendo o horizonte aos poucos sumir
Contudo uma cantiga cantarolando
Absorvendo todos os mistérios
Catalisando o espírito visionário
Submergindo sonhos velhos
Sedimentando o humor templário
Reenergizado pela pujança marinha
O desejo teima em ascender
Nessa vida que chamo de minha
O lance é transcender
No fim das contas, não é o fim
é uma metamorfose evolutiva
Não é preciso nenhum Aladin
Para manter a brasa viva.
André Floyd - 03/04/2013
Recomenda-se ler ao som de Camisa de Vênus - A Ferro e Fogo
http://www.youtube.com/watch?v=WZyaDUTsPB0